segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quadros

         Quando eu olho pro "nada" e vejo o tudo, me permito sonhar e refletir. E tudo aquilo que vejo agora é essa cidade grande e esse céu da noite. Tento me desprender de tudo aquilo que me faz mal, de coisas sem nome, verbos não ditos que se dispersam quando bate a ventania nas ruas. Eu simplesmente me perco ao lado delas, traga e queima, são pequenas palavras que oscilam com o tempo e perdem sua acidez, trazendo as nebulosas no céu, e eu nem percebo que perdi estrelas, olho pro céu e vejo o passado, me surpreendo em cada instante em poder enxerga-las, sem saber que elas nem existem mais. Apenas queria pintar um quadro, herdando com ela os traços, os detalhes, a felicidade, pessoas, dificuldades, vitórias e amores. Esse ano foi tão maravilhoso, não quero que ela se torne apenas uma reminiscencia qualquer. Quero colocar moldura nesse quadro pra enfeitar a minha sala. Quero guardar tudo e às vezes checar os seus traços, analisar cada reta de alegria e tristeza, me sentir bem com coisas que aparentemente foram ruins e que errei, mas que serviram para amadurecer. Quero observar meus amigos e dizer que valeu a pena conhece-los, porque trouxeram as cores mais intensas e os sorrisos mais belos, tais tons quentes que compõem o pôr do sol dos meus dias. Se faltar espaço na sala, eu os guardo dentro de mim, tiro a poeira das lembranças e torno cada momento mais vivo. Cantemos, dancemos e gritemos nessa valsa que apenas Deus tem a capacidade de compor.


Musica um pouco antiga, mas é legal pro momento:

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Gastons


Um dia desses estava revendo o clássico musical "A Bela e a Fera" através de uma peça onde
Kiara Sasso era a "Bella"... E sinceramente os meus olhos eram atentos apenas nas atuações do personagem Gaston. Um homem marcado por sua forma rústica, super conhecido na vila, por seu jeito galã que seduzia as camponesas.

E que beleza há nele? - Me perguntei. Os elogios que ele recebe só aumentam o seu ego e a futilidade.

Assim como todas as pessoas na vida, sempre existe um Gaston para se notar. Gaston, pode ser homem ou mulher, onde mostra o que não é. Caminham nas ruas, andam ao seu lado, mas se escondem do mundo como o Fantasma da Ópera, a sua máscara é o acessório necessário para aparição; Gastons parecem belos, são aparentemente perfeitos, mas podem vir a ser monstros fantasiados, e eternos se alimentar.
Por isso eu digo, superficialidade leva a nada, nós já sabemos o fim de Gaston, portanto, é melhor tentar matar a fera que existe dentro de si.
Aquilo sim é uma fera.


Zaz- Les Passants





Tradução:
Os pedestres- Les Passants

Os pedestres passam, e eu passo o meu tempo a observar e pensar,
Em suas pressas, em seus corpos feridos, seus passados,
São revelados nos passos sem se preocupar.

Que, desconfiado, olha
Eu percebo o jogo de panelas,
Os seus rostos com máscaras,
Me parece tão repugnante
Fingir um semblante
Que está no ar do tempo

Passa, passa, passará
O último ficará
Passa, passa, passará
O último ficará

A criança faz festas,
O fato é que o afeto se reflete em sua capacidade de tomar o fato
Tal como ele é
Sem se refletir a um sistema de pensamentos que dão em sua cabeça

Outono já, ontem era verão, o tempo me surpreende,
Está sempre acelerado, os números da minha idade, me conduzem ao meu sonho

Passa, passa, passará
O último ficará
Passa, passa, passará
O último ficará

Cada mês é jogado em diferentes ciclos,
É engraçado estes turbilhões que me motivam através do tempo, de um estado para outro
Eu oscilo inexoravelmente

No momento em que corro para o equilíbrio
Cada julgamento sobre as pessoas me dão a direção de seguir
Sobre essas coisas que podem mudar em mim
Que me impedem de ser livre

As vozes se libertaram e se expuseram nas vitrines do mundo em movimento
Os corpos dançam em harmonia
Deslizam, agitam, se misturam e se atraem irresistivelmente

No momento em que eu corro para a expressão
Em Cada emoção me faz querer expressar o não dito
E que a justiça seja feita em nossas pobres vidas adormecidas

Passa, passa, passará
O último ficará.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Pouca Vogal





Pouca vogal, polca tri-legal
Meridional na serra
No vale Oriundi Alles Blau
Samba sem know-how

Pouca vogal, muito micuim
Tem pinguim no litoral em pleno carnaval
São imigrantes com suas consoantes

No táxi que me trouxe até aqui
Cantavam dois irmãos
Tchau astral estranho, deu pra ti
Vou pegar o avião


Pouca vogal, clássico grenal
Swing esquisito sem favorito
Sem nada igual nem à pau
Viva a diferença

Chame de schimier a geleia geral
E o escambau, pouca vogal, ó o auê aí
Do táxi que me trouxe até aqui

Vi o morro Dois Irmãos
Chega de saudade vou sem ti
Ouvindo o samba do avião


O táxi que nos trouxe até aqui
Passou por Dois Irmãos
Tchau astral estranho já cheguei
Botei os pés no chão


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

2012 - Viva os detalhes da vida!

Então...
Ontem, dia 30 de novembro de 2011, digamos que foi um marco pra gente. Na cidade de Salvador um céu estonteantemente lindo com um sol digno de férias e nós duas “pedindo licença pro nosso sorriso passar”.
Hoje, já é dezembro e está “aberta a temporada” de fazer promessas (isso pode até ser ridículo, mas quem não faz isso nessa época do ano não é verdade?!). E depois de uma tarde inteira de muito papo com uma amiga fizemos a nossa “promessa Master”. E já que o ano de 2012 será O ANO com expectativas a mil (graus) juntas planejamos de que a cada novo mês do ano de 2012 viveremos alguma coisa que não fizemos antes, algo pra marcar, pode ser um detalhe, uma coisa que marque um momento especial, que quando lembrarmos no futuro e contarmos talvez vá fazer a gente rir e quem sabe até chorar juntas (achando lindo ou ridículo, sei lá).
Hoje ouvi o seguinte: “A vida não e feita das vezes em que respiramos, e sim das vezes em que perdemos o folego”. Só que não acredito nisso não. Acho que a vida é feita de muito mais!! A vida é feita de altos e baixos, de conflitos, de TPMs, de lágrimas, de doces, de sonhos, desejos, realizações, é quando você se sente clandestino fazendo alguma besteira, é feita de trilha sonora de cada fase da sua vida, e feita daqueles momentos que você não pode fotografar e ficarão pra sempre na memória, de uma cantada de pedreiro ou cobrador de ônibus (por que não?! Kkkk), é feita daqueles micos que você paga sozinho, é feita daqueles micos que você paga acompanhado, ou seja, tudo aquilo que pode ou não tirar o fôlego.
Quando um ano termina é sempre bom, traz novas expectativas, renova força, esperança, ideais, traz novos planos pra vida, metas a serem alcançadas e uma nova chance pra fazer o que não foi feito no ano que passou. Refazer as “contas da vida” quantos amigos se ganhou, quantas amizades foram fortalecidas ou enfraquecidas e tudo isso com muuuuuita trila sonora envolvida! E se a trilha sonora de 2011 foi linda algo me diz que a trilha sonora de 2012 será muito, mas muuuuito melhor!!!
Por agora é isso!! Quem quiser pode vir junto participar, acompanhar ou o que quer que seja!


E cada mês que nos aguarde!